Dessa vez senti a degustação de maneira diferente... foi incrível poder perceber os terroires
tão evidentemente. Uma mesma uva, uma mesma vinícola, uma mesma enóloga e vinhos totalmente diferentes.
Ao invés de descrever os vinhos degustados gostaria de
compartilhar aspectos de considerei interessantes.
O primeiro foi degustar um vinho de uma casta que existe
somente na propriedade da Valduero, proveniente de vinhedos de 40-50 anos. A
uva se chama Albillo e produziu um branco de médio corpo e persistente, com
aromas de abacaxi, pêssego, melado e
notas de madeira. Um vinho macio e de boa acidez.
O segundo e mais bacana foi poder perceber as diferenças
entre os vinhos feitos nas regiões do Toro e da Ribeira Del Duero, ambos feitos
com a Tempranillo. O vinho do Toro tinha estágio de 6 meses em barrica, contra
os 15 meses de barrica mais 12 de
garrafa do Ribeira Del Duero, e mesmo assim se apresentava pronto para consumo,
equilibrado e redondo, enquanto que o segundo ainda mostrava taninos um pouco
ásperos, apesar de finos. O vinho seguinte demonstrou de maneira ainda mais
evidente o potencial de guarda dos vinhos da Ribeira del Duero. Tratava-se de
um vinho reserva com estagio de 30 meses em barrica e 18 em garrafa que possuía
uma jovialidade impressionante. Seus taninos potentes e macios faziam ótima
companhia a uma acidez extremamente agradável que emprestavam grande equilíbrio
ao vinho.
Espero poder degustar outros exemplares de ambas regiões
afim de comfirmar o que me foi ensinado
pela enóloga da Valduero e claramente comprovado na degustação.
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