segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Um passeio pela Toscana



     Semana passada estive em mais uma degustação na ABS-SP. Dessa vez o tema era os vinhos da Toscana. A degustação foi promovida pela importadora Franco-Suissa e conduzida por seu sommelier Phillipe Germa

     Degustamos 5 vinhos que deram um panorama extremamente didático dos principais vinhos daquela região.

      Iniciamos com um Chianti e um Chianti Clássico. A Legislação dessas DOCs é bastante rígida e determina que os vinhos tenham no mínimo 75% da casta Sangiovese, limitando em 10% o uso de uvas “estrangeiras”. A diferença entre esses Chiantis é grande, sendo o clássico superior, mais robusto e complexo, entretanto ambos tem uma “pegada” gastronômica muito forte, crescendo demais quando consumidos numa refeição. Eu harmonizaria o Chianti degustado com uma massa com molho de tomates frescos ou uma pizza marguerita. Já o Chianti clássico pediria algo um pouco mais potente, como um molho de queijo, uma massa recheada, cogumelos.

     Saindo dos Chiantis fomos direto para um “Super-Toscano”. Os vinhos que recebem essa alcunha são aqueles que tem grande qualidade, mas não seguem as regras impostas pelas DOCs. O vinho degustado era um corte de 50% Merlot, 30% Cabernet Sauvignon e 20% Syrah. Altamente aromático e alcoólico (14,5), com aromas de coco, madeira e baunilha, que acusavam o estagio importante em barricas, que segundo o produtor pode chegar a 4 anos. É um vinho bem ao gosto do Robert Parker. Na minha opinião é um vinho difícil de harmonizar, por sua potência, mas que é ótimo para meditação, somente correndo o risco de ser um pouco enjoativo.

     Para o “Grand Finale”, 2 Brunellos di Montalcino. Esses vinhos bastante famosos e caros são feitos na pequena região de Montalcino na Toscana, somente com uma variação da casta Sangiovese , chamada Brunello. São vinhos conhecidos pela qualidade e longevidade. Ambas as características puderam ser comprovadas. Aromas muito agradáveis, equilibrados e complexos, entretanto, na minha humilde opinião, ainda não estavam na sua plenitude. Senti os taninos ainda amarrando em demasia. Eram vinhos de 6 e 7 anos com perspectiva de guarda de 30, e mais 5 anos só os faria ainda melhores.


Os vinhos degustados:

• Chianti Ruffino DOCG 2010
• Nearco Col d´Orcia 2005
• Chianti Clássico Riserva Ducale Ruffino 2007
• Brunello di Montalcino Col d´Orcia 2006
• Brunello di Montalcino Ruffino 2005





2 comentários:

  1. Toscana, vinho, gastronomia....é, a vida é bela! Parabéns pelo blog e pela sorte!
    Luciana Colucci

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    1. Obrigado Luciana!!!
      Espero te ver mais vezes por aqui!!
      Abraços

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