Ainda na onda de experimentar coisas novas, me deparei com esse vinho. De cara 3 coisas me chamaram a atenção. O lindo rótulo, a procedência e o corte. Trata-se de um vinho do Libano 50% Gamay, 50% tempranillo.
Chegando em casa pus-me a ler um pouco a respeito da produção Libanesa de vinhos e, para minha surpresa, descobri que a viticultura foi introduzida na região pelos fenícios a nada menos que 4.000 anos!! Descobri também que existem uvas autóctones que nunca tinha ouvido falar, como as brancas Obaideh e Merweh.
A Ksara, é a vinicula mais antiga do Libano e funciona ininterruptamente a 150 anos, em passando por 2 guerras mundiais e inúmeros conflitos locais. Ela foi fundada por monges Jesuitas em uma época onde o vinho só era permitido em rituais religiosos.
Chega de história, vamos ao vinho:
Olho: Rubi claro muito brilhante. Lagrimas não muito numerosas e ligeiras
Nariz: Bastante frutado, um aroma doce, frutas silvestres, morango, banana. Senti um fundinho de couro.
Boca: Corpo leve para médio, bastante refrescante. Boa acidez e taninos discretos e integrados. Seco e frutado. Persistência pequena para média.
Um vinho leve, gostoso e fácil de beber. Segundo o importador harmoniza com “ Aperitivo, canapés frios a base de carnes, kibe cru, tabule, charuto de folha de uva, massas simples, vegetais grelhados, tabule e queijos leve” . Eu tomei o vinho acompanhado de uma pizza meio hardcore: calabresa moída e quatro queijos, o que acabou por encobrir o frutado leve do vinho. Acho que ele merecia algo mais leve, um crepe de vegetais ou uma pizza de abobrinha ou berinjela.
Como curiosidade poderia complementar destacando que o vinho é produzido pela maceração carbônica, mesma técnica utilizadas para os vinhos de Beaujolais.
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