Domingão, um baita calor, função paterna deliciosa e cansativa o dia todo. Deu vontade de tomar um vinho, mas nada muito elaborado. Me lembrei também que precisaria providenciar algo para jantar.
No supermercado fui direto aos vinhos. Estava procurando algo refrescante, vi alguns espumantes e brancos. Na ânsia de novidades para o meu repertório vi algo interessante: um vinho branco tranqüilo (não espumante) com o mesmo corte de uvas autóctones das Cavas. O vinho em questão foi o Clos de Torribas Blanc de Blancs 2010 feito a partir de um corte de Macabeo, Parellada e Xarel-lo. Um vinho espanhol da Região de Penedès de um produtor, provavelmente industrial, bastante conhecido.
Para comer escolhi uma torta e palmito com massa com iogurte, congelada. Mais industrializada, impossível. Porém gostosa, mesmo para um cara chato como eu.
O vinho apresentava uma cor palha bem claro, brilhante e transparente. Sua lágrima correspondia aos 11,5 de graduação alcoólica. No nariz, os aromas me pareceram muito semelhantes as cavas que já degustei, com fruta amarela, pêssego, cítricos e minerais bem pronunciados. Na boca, é um vinho muito refrescante, de pequeno corpo e persistência. Sua acidez pronunciada me incomodou um pouco, inicialmente.
A harmonização foi bastante interessante, apesar de simples. Enquanto o vinho lavava com eficiência as papilas gustativas entre uma garfada e outra, proporcionando uma sensação de novidade a cada garfada, a untuosidade da torta acalmou ,competentemente, a acidez do vinho.
Resumo da ópera: harmonização curiosa e despretensiosa que funcionou muito bem, para um domingo a noite então... perfeito!!!
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