segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Degustação "Cabra-cega"




     Quando criei esse blog, organizei também uma confraria, que depois de 5 edições  acabou se desfazendo, acredito eu, por falta de interesse. De fato eu procurava parceiros para compartilhar o prazer e a riqueza da degustação, e acabei encontrando amigas queridas prontas compartilhar vinhos e outros alcoóis.



     Semana passada as reencontrei com o propósito de conduzir uma degustação cega (segundo elas, cabra-cega) na qual, além de revê-las, queria investigar o nível da percepção de pessoas que gostam e consomem vinho, mas não tem tempo/vontade/paciência para se aprofundar no assunto.

     Como sempre, estavam todas super animadas e ficamos um bom tempo batendo papo antes da degustação. Para esse evento selecionei 3 vinhos. Um muito barato e ruim (argentino de R$10,00) e 2 de gama intermediária ( R$ 80,00) mas de características bem diferentes: um Malbec argentino e um corte de Grenache, Syrah e Mourvedre da Côtes du Rhône.
    
     Servi a todos uma pequena quantidade de cada vinho e as deixei a vontade para analizar e provar cada um deles. Depois de alguns minutos passei a conduzi-las pelas etapas da degustação: visual, olfativa e gustativa.
 
     Busquei a todos os momentos extrair e traduzir o máximo das impressões que elas tinham. 

      A primeira coisa que me chamou a atenção foi a maneira e a rapidez com a qual o vinho ruim foi identificado. Foi praticamente instantâneo, no momento em que se buscou uma analise olfativa já se comentou que aquele vinho seria o “chapinha”. Tratava-se de um vinho altamente desequilibrado, que possuía apenas 12,5 de álcool e parecia 40º.

     Percebeu-se também,com clareza, a diferença de caráter entre os outros 2 vinhos. As meninas conseguiram traduzir perfeitamente suas impressões, mostrando o Malbec mais encorpado, mais persistente, e o Côtes du Rhône mais leve e frutado. 

      Senti um pouco de dificuldade quando pensamos em harmonização, pois ao consumir pizzas leves, não consegui perceber diferença na predileção pelos vinhos, onde considerei o Francês muito mais adequado.

     No frigir dos ovos, foi uma experiência muito agradável, edificante e divertida, que pretendo repetir mais vezes.


Saúde!!!!



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